domingo, 4 de setembro de 2011

Nem todo dia é dia de alegria

Quem é blogueira como eu pode ter a falsa impressão, ao circular pelo universo blogstíco materno, que ser mãe são sempre momentos de alegria, que a criança nunca chora, nunca tem birra, nunca dá trabalho, ou se dá, as mães muitas vezes se colocam no espaço virtual como dotadas de uma paciência sem limite, que tudo entendem, que tudo superam.

Sim, ser mãe é a melhor coisa do mundo, não tem coisa mais gostosa que ao acordar, ver aquele sorriso banguelo só pra você! MAS, também, contudo, todavia, entretanto... Sim, existem momentos que nos deixam de cabelo em pé. E ao navegar na internet e ler as experiências de outras mães, que em sua maioria só relatam as fofurices dos pequenos, a gente se sente meio só, se achando a pior pessoa do mundo!

Eu e Valentina passamos boa parte do dia sozinhas em casa, pois o papai vai trabalhar e euzinha aqui não tenho ajudante. De certa forma, fica difícil às vezes fazer as coisas mais básicas e necessárias da vida, como ir ao banheiro. Por muitas vezes a única coisa que ela quer é o braço e nem sempre posso oferecê-lo. A impressão que tenho é que toda a birra dela é COMIGO, pois com o pai, a criança simplesmente se transforma, voltando a ser a princesinha comportada da família.

Claro que não quero uma boneca em casa, que não chora e não reclama nunca, e entendo que algumas situações são da personalidade dela, forte e determinada, e admiro isso. Tenho uma conhecida que diz que a filha é "muito boazinha" e não chora nunca, nem quando faz cocô, pode ficar o dia todo com a fralda suja que não reclama. Essa minha amiga conta isso com um certo orgulho, mas particularmente não simpatizo muito com a idéia de uma criança que não expresse através do choro - no momento é a única forma que o bebê conhece de chamar a atenção - suas insatisfações, como sono, barulho, frio ou uma fralda suja.

Minha principal dificuldade hoje é entender todo esse processo, diferenciar o que é manha, birra ou necessidade da Valentina, para, principalmente, poder educá-la. E pra mim, fica a pergunta:

Ser mãe é padecer aonde mesmo?

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